Queria ser escritor, chegou a publicar uma pequena novela, mas passou anos a fio escrever notas de falecimento em um jornal local. Criativo, nunca a morte ganhou formas tão diversas de ser retratada. Com o passar do tempo, essas notas foram tornando-se cada vez mais eloqüentes, a medida que seus amigos mais chegados se iam embora. Ontem foi a hora dele. Desprevenido, deixou para outro o mister desse encargo, que no mesmo periódico que redigia, sapecou simplóriamente o seu nome e as datas de luz e cruz.
Dado que o conceito dá para os dois géneros, presumo eu, que era um quadro de saias, que, ao postular-se na garagem, tirou as ditas para inspirar os pintores, alegrar os mecânicos e animar os bate-chapas.
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