Circo Vicioso

By João Lopes Marques ( Eesti keeles ) "Tallinn is like Prague after the neutron bomb!" This funny and simplistic joke invented by my Dutch friend Thomas has proved quite popular among my Estonian network. We don't need an hermeneutical exercise to conclude locals tend to agree Prague shares lots of things with the capital of Estonia. Yet today I decided to upgrade the challenge. The question: "What is the most similar country with Estonia?" A tough one, isn't it? Is it Czech Republic? Truth to tell, in my mind it has been clear for years. Slovenia, of course. "How come Slovenia has to do with Estonia?", you may ask. Well, the Germanic influence in the last thousand years. This is undeniable. Just visit Ljubljana: it's center is different, but the spirit reminds Old Tallinn's. Those are cities originally designed with human scale. The local castle it's a kind of Toompea and the only big difference would be the river Ljublianica

É conhecido o fascínio humano por baleias e paquidermes. Coisas grandes. Por vezes vemo-las nos locais mais inesperados. Uma mancha no chão pode muito bem ser um elefante. As suas orelhas e tromba são inconfundíveis... Mas neste caso até tenho dúvidas: será um coração? O mapa tosco do Brasil? Um esquisso de África? Ou... ou...

Os historiadores tinham muitas dúvidas sobre se os cossacos dispararam mesmo sobre os odessanos. Mas este filme de Eisenstein é propaganda soviética tão boa, que poucos têm hoje dúvidas. Pronto, os factos foram mesmo assim: "Morte ao czar!"

"Santa"? Está bem, abelha... Ela era mas era uma grandessíssima vespa! Uma vespa quadrada!

Disse-lhe para entrar e que não, que não era preciso despir-se. Arregalou os olhos e sentou-se como uma diva no divã. Sem que nada lhe pedisse, pôs-se a falar de tudo e o seu contrário. Demais. Ainda lhe sugeri uma sinopse, mas apenas me chegaria uma sinapse. Frouxa: era mesmo grave.

Ontem no carro reparei: Maurício é único meu conhecido que põe sempre o cinto atrás. O de castidade, claro.

"In three words: a bastard."

Assim flui a energia dos homens. Disse-me um velhinho em estado terminal em quem tropecei no terminal: "Jovem, o mundo em que vivemos divide-se em apenas dois grupos de pessoas: as que te dizem 'estás mais magro' com um sorriso cínico no rosto e as que te dizem 'estás mais gordo' com um sorriso ainda mais cínico no rosto. O resto é conversa e agora já posso morrer porque sei que vais contar esta história que por acaso é muito verdadeira." E ditas estas sábias e avisadas palavras, o velhinho deixou-se amortecer à minha frente. Deveria pertencer a um terceiro género, pois transitou sem uma única palavra pronunciar sobre os resultados da minha fantástica dieta de frangos.

Xavier nunca passou de estagiário. Gralhas a mais e notícias a menos. Do jornalismo gaba-se de ter trazido os pés em cima da mesa. Claro que compreendo as saudades da redacção. Mas ele que ao menos tire as botas antes de começarmos a sopa.

"Emoções? Quais emoções?" Coberto de razão está o Dr. Wolfgang ao dizer (afirmar): "Não é por termos bons fígados que evitamos uma cirrose precoce nem por sermos um bom coração que terminamos a maratona." O Dr. Wolfgang é um sábio.

À, aliás, há seis tipos de olhar apenas, e não mais: o clínico e o cínico, o que quer ser bom e o que se quer bom, o que se finge mau e o que é louco. Deste último fujam já: a ameaça começa aqui.

Mau: babá saiu e me deixou aqui sozinho. Nem, nem... Cadê o mingau? E qual vai ser seu álibi, babá?

As lâmpadas trovejavam e das torneiras apenas jorrava sangue. Assutadiço, Marco ainda pensou em fugir para o meio da rua, mas a fechadura da porta calcificara durante o sono. Tentou acalmar-se como pôde e apostou no televisor. Durante dois ou três minutos, não mais, ainda se relaxou com o programa da manhã: ninguém consegue explicar muito bem como saiu do ecrã aquela mão que o sufocou.

Tão bom ou melhor do que "Gita".

"Cariño ¿ya has llegado a San Francisco?", me preguntó Pepe. ¿Y a él que le importa? Ni le contesté: mi vida continua siendo muy dura sin Francisco.