Afonia
Como era de meu timbre, passeava-me alegremente pela cidade quando, já pelo final da tarde, decidi testar um, dois, três, bom, demasiadas vezes, alguns trines. Nada. Zero. Onde estava a minha afamada voz de rouxinol? Onde? E o que diria o Nelo lá na casa de fados? E o França, que sempre me dera o lá certo com a sua guitarra? Esqueçam. Naquele mudo crepúsculo, só vitrines!