Estafeta
Quando a meta já nem me interessava, ele esbracejou. Estafado, só pensei em desistir, mas ele gritou pelos quatro. E também esperneou, em jeito de ameaça. E eu só prossegui pelo dever e, sinceramente, nem me recordo de quem chegou à frente. Talvez Hans, porventura o esguio Dieter. Ou o cabrão do Klaus. Mas bastou-me sentir aquele seu bafo suado ao receber o testemunho. Apalpar aquela palma sensível num milésimo de ternura. Permiti-me e confiei. Percebi quão Konrad queria ter-nos todos na mão na sua (nossa) recta reta final.