Mensagens

Benquerença

E que Marisa nem se atreva a contradizê-lo: Ramiro está profundamente convicto da extrema religiosidade do seu pequenito: a todos garante que "Papa" foi a primeira palavra que calhou sair daquela boquinha virgem.

Subrealismo

El hijo de Mendonza ni cuatro semanas tiene. Pero ya es gugu-dadaísta.

Operariado

A ópera do povo? Volkswagner!

Big wor(l)ds

Grandiloquence is to love the word "Grandiloquent".

A karmic birthplace called “Tallinn”

By João Lopes Marques ( Eesti keeles ) Sometimes I wonder why the hell I (still) live in Estonia. At first I thought it was about pure hedonism hand-in-hand with my Nordic fetish. Then I got rid of my guilt complex and started believing I was just a normal bachelor addicted to the local beauties. Too short. I also convinced myself life here was easier and cheaper than somewhere in Europe. Or because of the fact all my four novels were written here, in what I started calling the-milky-cow-very-very-milky- literary-theory. Sad that all the four are about me and myself. Another hypothesis, very true anyway, was related to the great people I’ve met while living in this country: Raili, Eve, Helena, Askur, Teve, Age, Ivar, Erik... They were — still are — absolutely inspiring. Yet now I finally discovered Agnes was the ultimate reason. Throughout these more than five years of Estonia I thought about going away too many times. To leave the next day, although my attachment made me return...

Everything counts (in large amounts)

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Espírito livre

Mas afinal havia diferença? Entre praticar o amor ao próximo e praticar amor com o próximo, Marie-Claire nunca hesitou.

Estafeta

Quando a meta já nem me interessava, ele esbracejou. Estafado, só pensei em desistir, mas ele gritou pelos quatro. E também esperneou, em jeito de ameaça. E eu só prossegui pelo dever e, sinceramente, nem me recordo de quem chegou à frente. Talvez Hans, porventura o esguio Dieter. Ou o cabrão do Klaus. Mas bastou-me sentir aquele seu bafo suado ao receber o testemunho. Apalpar aquela palma sensível num milésimo de ternura. Permiti-me e confiei. Percebi quão Konrad queria ter-nos todos na mão na sua (nossa) recta reta final.

“Vabandust, aga ma ei tea!”

By João Lopes Marques ( Eesti keeles ) “Ma ei tea...” When I think about the first syllables of an Estonian baby I can imagine “Ma ei tea”... Not “Mama”, let alone “Papa”... Simply “Ma ei tea”. I explain: not to understand a language can be as annoying as entertaining. Since I can’t follow the full meaning of most conversations around my attention turns selective. I’m always waiting for a sentence I’m able to grab with both hands and process in my mind... That’s how I noticed Estonians just love to say “Ma ei tea!”. They repeat it over and over, especially women. It seems to me the most natural and spontaneous phrase an average Estonian can pronounce. Still remember when my friend Krista told me her English language teacher had forbidden all students to use “Ma ei tea!” in the classroom. A national addiction? I myself embraced the epystemology of “Ma ei tea!” as a personal cause. A tough job, I must admit. Yet, after years of random observation, I feel finally prepared to s...

Samuel A. Williams

Por muito que Samuel A. Williams detestasse as mesas coxas, foi nelas que redigiu alguns dos seus melhores textos. Contrabalançavam a sua congénita falta de talento.

Paralelismos

Göthenburg, 17h34: Ava lancha. Diemtigtal, 17h42: avalancha.

Pleno diabólico

Ela é Mata Hari, ele mata Harry.

Os três reis magros

Melchior era chupadinho, quase tão tísico como Baltasar. Escapava o anorético Gaspar, que já está melhorzinho, muito obrigado. 

Semanada

O Padre Pedro hoje está feliz. Já é a sexta freira.

Subtração

Para vencer a adição, Ahmed perdeu-se na contradição.