Circo Vicioso

Edgar fodia sempre duas vezes.

O sumo do tomate deixava um rasto pelo corredor, desembocando no próprio, agora esquartejado em pedaços cubicamente milimétricos. Da alface, pouco ou nada, apenas umas folhas que se teriam desprendido do corpo central. O fio de azeite, esse, parecia estrategicamente vertido no soalho, truque antigo para os incautos. Sim, isto parecia mais uma cilada! Mas não, era apenas uma salada.

E Márcio logo cedo percebeu: enquanto os amigos lhe ofereciam leito, Denise apenas lhe dispensava leite.

Este ano as castanhas estavam menos castanhas. Valeu a jeropiga. Ou jeropinga, como diz a avó Rosalina. 

Parece que o moço tremia muito. 

Adquiri há dias um Scott-Amundsen e não me estou a dar nada mal.

Marcel vivia numa casa muito velha. Não obstante, achava-se um Casanova.

Tinha aveia para o negócio.

Levava uma Fuji, Mas do monte fugi, Sim, do Monte Fuji.

Kaspar adorava-se. Sempre que gritava fazia ego. 

Não há muito a acrescentar senão "Crepúsculo em Haapsalu num dia frio e luminoso de Fevereiro". E se é bonito? É. E seu eu gosto? Muito. Recomendo, aliás. Encontramo-nos numa península aí ao virar da esquina.