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Deus em Istambul

Um Deus passeando pela brisa da tarde, sem dúvida. Talvez mesmo dançando com a brisa da noite.

Saudades de Galata

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Nem é tanto pelo chá. Muito menos pelo crepúsculo. O que eu gosto mesmo na Ponte de Galata é a chamada para a oração acompanhada de um herético tinto da Anatólia. E de apertar aquelas mãos todas em dizer que sim, que gosto muito do Ronaldo, e do Figo e... Tem a sua piada, Istambul deixa-me sempre saudades. Oh, como eu gosto dos seus cacilheiros e das deliciosas sandes de peixe a três liras (ou quatro)!

Canal caveira

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Assim em turco, a coisa mete ainda mais medo. Credo. E logo duas juntas!

Elton nas panelas

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Supermercado em Riga. Dois iogurtes, duas bananas, duas maçãs, Elton John. Faz ele anúncios a panelas? Será ele paneleiro (fabricante ou vendedor de panelas)? Nada disso. Este é o chef Martins Ritins, um dos letões mais famosos e sósia perfeito do cantor britânico. Em 2006 tive o privilégio de o entrevistar para a "Volta ao Mundo", um senhor.

"În caz de incendiu", já sabe

Por João Lopes Marques * Uma invulgar cumplicidade (latina) une a Roménia a Portugal. Idiomas bem diferentes, sem dúvida — mas com algumas frases demasiado semelhantes. Os mais talentosos conseguirão juntar umas 30 palavritas portuguesas que farão pleno sentido juntas. Enfim, ideal para os adeptos do very nice… Talvez seja um clássico para os amantes do Conde Drácula, Bram Stoker e demais sugadores de sangue. Mas aqui segue novamente: se descontarmos as placas do Grupo Lena e MSF na berma da estrada, uma das primeiras palavras em que uma sensível alma viriata tropeça mal aterra na Roménia é… portucala. E se no cimo deste derradeiro “a” acrescentarmos um estranho sinal em forma de meia-lua tombada — símbolo que escapa a este lusocêntrico teclado —, pronunciá-la-emos então “portucália”. Muito bem. O resto é uma questão de minutos. Os mais curiosos rapidamente notarão que a tão familiar “portucália” designa nem mais nem menos do que um colorido fruto chamado “laranja”. Quanto a “Portugal”

Eu, Tallinn e o DN

Claro que fiquei feliz com o título da peça do DN . E já quem me perguntam, e se insistirem mesmo, mesmo-mesmo, claro que Tallinn é muito melhor do que Valpaços (ou Caparica).

O Vítor dos hotéis

Vítor adorava hotéis. Todas as semanas, e mesmo que fosse na sua própria cidade, dormia num novo hotel. Eram sempre diferentes e nem todos assim tão baratos: "Nada como abrir a porta e sentir a surpresa de ver o quarto onde vamos dormir." Vítor apreciava a disposição das mobílias, se tinha ou não secretária, a banheira e os mármores da casa-de-banho, a cor da colcha e cortinados. Anteontem não gostou muito do quarto deste hotel. Confessou em voz alta, mas logo lhe explicaram que isto não era bem um hotel. Dormiria aqui na penitenciária; havia demasiadas facturas por pagar.

Lindbergh no eBay Deutschland

Já não era sem tempo. As voltas que um livro pode dar: Lindbergh em português num leilão alemão . De todas as formas, a meta será sempre a edição em quechua num leilão uzbeque.

Somos (sumos) Portakal!

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É oficial: em Istambul já todos me chamam "Portakal". Que na Roménia éramos laranja, há muito sabia (ainda hoje prometo colocar a crónica da "Volta ao Mundo"); agora na Turquia é novidade para mim. Eis a foto de um moço a acabar de me espremer; o retrato fiel de uma nação feita sumo.

Rei de paus

Digamos que tem a sua piada. Vale o que vale. Já fazia Don Juan estes gestos nos seus tempos do Dafundo (Algés)?

Última palavra

"Gostas de ter sempre a última palavra!", irava-se Marta. Naquele princípio de tarde (de fim de Agosto) percebeu que estava coberta de razão. "É ou não é?", insistiu. "Sim", respondeu-lhe Francisco caindo-lhe nos braços.