O Vítor dos hotéis
Vítor adorava hotéis. Todas as semanas, e mesmo que fosse na sua própria cidade, dormia num novo hotel. Eram sempre diferentes e nem todos assim tão baratos: "Nada como abrir a porta e sentir a surpresa de ver o quarto onde vamos dormir." Vítor apreciava a disposição das mobílias, se tinha ou não secretária, a banheira e os mármores da casa-de-banho, a cor da colcha e cortinados. Anteontem não gostou muito do quarto deste hotel. Confessou em voz alta, mas logo lhe explicaram que isto não era bem um hotel. Dormiria aqui na penitenciária; havia demasiadas facturas por pagar.
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