Circo Vicioso

A ideia surgiu-lhe ainda Fernandes assentava o cu no sofá. Entreolhando o gesso. Reuniu todas as radiografias e afixou-as na maior parede da sala. E porque não? Assim que chegou a casa, Inês pôde deliciar-se com aquela magnífica fractura exposta.

Mas que maldita fixação aquela: assim que passou pelo arco, Paulo voltou a ver Íris.

A veces hecho de menos a mi maquinilla. Sólo tenía cinco letras pero no importaba: con ellas podía escribir "Manila" — y todavía me sobraban letras para otra capital.

¿ No vino?  ¿ Y como no vino? Tito ya no era tonto — era tinto.

Sasha dove every single day. But where was Lenin? Marx? Stalin? Nothing more than stupid sharks (and one monk fish).

Sorry, but what to do? The knife was too sharp and those two chicken extremely available. Macho? Not at all. Please, don't blame on Colonel Ignacio: he is just another nacho man.

Assim como nos toiros, o melhor bocado é o lombo. A lombada.

"Aonde?" "Haiti." "Ai de ti!"

"É?" "É!"

O Fernando — Nando , Fanã , Fé , o que lhe quiserem chamar — trabalha sempre que nem uma formiga. Mais, aliás, muitíssimo mais do que uma formiga. Talvez por isso nunca ninguém nele tenha reparado.

João Paulo preparava-se para atacar o antepenúltimo capítulo quando, por infelicidade, reparou naquela maldita revista. Abandonada no bidé, já demasiado salpicada, a página do zodíaco ainda gritava: "O seu romance prepara-se para passar uma fase instável."

Cuando adormeció, el dinosaurio ya no estaba allí.

No dia em que Vânia se apaixonou por Magnus, o vizinho sueco do quinto-esquerdo, a sua vida deu uma volta de 180 degraus. Bom, o importante é que é feliz (e tem os gémeos tonificados).

Ángel tenía una única obsesión: curarla.

Quis ir longe demais. Foi tanta a ambição que Esteban agora é um sem-Terra.

Ali, Babá só media um metro e quarenta... Ladrões!

Fernando Martos, conhecido recitador de Castilla-León, lê dois microcontos durante a apresentação de "Circo Vicioso", na Fundação Rei Afonso Henriques. Eis o espírito de Zamora, já denominada "Capital Ibérica do Microconto".

Este chegou-nos há apenas três dias. Obrigado, Manu!

Éste . Y su notícia .

Éste .

Lo siento muchisimo, Laura: es que ya no siento nada (por ti).

Una tarta de queso Philadelphia que me acuerda Kalamaja. Gracias, Rocío.

Jeremias gaba-se de preferir comida leve (e não pague).

Na tarde em que viria a morrer (falecer), Raul lembrou-se que estava bem vivo.

Esta semana, na edição gratuita do "Voz de Zamora". Mas fiquem com o texto em formato mais legível: Quando menos é mais João Lopes Marques Como tantas coisas na vida, os microcontos são filhos da frustração. Ou a sua expressão. A sempiterna falta de tempo para ler, certo, mas sobretudo a impossibilidade de contar todas as histórias que nos (me) atropelam a mente. O espírito. Vão e vêm. Fluem, e quantas vezes do nada. No duche, à mesa, na piscina, para retardar o orgasmo. Começo a crer estarem para a escrita como um penálti (injustificado) para o futebol. Não temos de armar jogo, basta chutar bem. Que nos ponham a bola na marca, pois. Mas a frustração. Convenhamos: a sofreguidão das grandes narrativas, dos romances, também desajuda. São nobres e aglutinadores. "Que história vem a ser esta dos microcontos?", questiona-se o autor, e muito legitimamente. É que nem haiku nem palavras cruzadas, muito menos poesia — é que nem sequer rimam. "E porquê

E como poderia? Jamais me esquecerei do dia em que me encontrei com um elefante numa rua de Banguecoque. Cumprem-se agora dois anos. Foi simpático.

Rubim preferia trancar-se em casa. Solitário? Nem por isso: "Um dia vocês todos virão ter comigo!"

Tudo isto está muito acima da média. O meu terceiro CD, comprado em 1993.

And with this synapsis he wrote a brilliant synopsis.

Rebentou-se-lhe na cara. Um simples balão, é certo, mas Marta ainda ficou dois meses em estado de goma.

Era aliciante! Era de Alicante!

Não, não tenho vergonha. Um dia ainda todos escutarão esta música.

Marisol, a enfezada Marisol, tinha um fetiche por homens altos. Altíssimos. Cedo se desiludiria, porém: percebeu que nem todos são basquetebolistas.

Manfred está revoltado. Inconsolável: está com a gota porque nunca tomou a(s) gota(s).

Merpati intrigava-se, ainda mais do que Chahaya: "Se andam sempre em grupo, porque não lhes chamamos 'bandorinhas'?"

Julgava-se mais poderoso do que na realidade era. Como quase todos: Leo era um pseudomino.

Acontece (até) aos piores: o sonho de Afonso e Henrique era terem uma fundação. Acabaram numa fundição.

Já temos capa (e muito miolo): o livro será apresentado na Fundação Rei Afonso Henriques, em Zamora (Espanha), no próximo dia 20 de Outubro, pelas 20h00. Rocío Ramos traduziu para castelhano mais esta antologia de microcontos.

Acreditava Arnbjörg que é na prisão que se escrevem os melhores romances. Pena que precisasse de matar (por) sete vezes para publicar o seu primeiro.

Nem cubista, nem clubista: o volume do seu cubo era um π crasso.

Pareciam parecidos e, de certa maneira, até o eram: Raul esgotava-se com as pequenezas da vida; Rui perdia-se com as mais pequenas.

O seu guião era absolutamente inegociável. Bom, talvez aquela parte no final: morreram todos.

Pederasta, é certo, mas um excelente padrasto.

López, esse mau carácter, gostava de chamar nomes a todos. A torto e a direito. Mas era incapaz de reconhecer uma cara. Uminha que fosse.

Márquez não suportava o Outono e com muita razão. Não é o único escritor a lamentar-se do mesmo: "Há demasiadas folhas no chão!" Ainda por cima amarelas (amarelecidas): bem que poderiam ser as dos seus livros.

Ariadna era una chica llena de fuerza. Aérea, sin embargo.

Menos é mais: Cristina simplesmente não falava com homens. Antipatia? Homeopatia (social).

Maria fazia juramento enquanto Joaquim fez o jumento.

Agora a sério: ele é trão bom!