Há muito que me haviam comentado o fenómeno. Este Viriacto jaz numa das principais praças de Zamora. Mais do que um orgulho, é um modelo para todos os homens desta bela província de Castela-Leão.
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Manuela disse…
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II- Os Castelos
Segundo- Viriato
Se a alma que sente e faz conhece Só porque lembra o que esqueceu, Vivemos, raça, porque houvesse Memória em nós do instinto teu.
Nação porque reencarnaste, Povo porque ressuscitou Ou tu, ou o de que eras a haste-- Assim se Portugal formou.
Teu ser é como aquela fria Luz que precede a madrugada, E é ja o ir a haver o dia Na antemanhã, confuso nada.
Foi interessante (e interessante é uma palavra interessante). No dia em que saí à rua com suíças tive de passar por casa do Óscar para uma sueca com estas mesmas canadianas. Ou melhor: com as canadianas amparando-me a mim e às suíças. Felizmente que não são mutuamente exclusivas.
Os menos informados, ou mais desinformados, se preferirem, pouco sabem sobre o que se convencionou designar de "cueca original". They slip , o mesmo é dizer — numa outra língua tão ou mais global do que "A última flor do Lácio, inculta e bela" — que derrapam nestes momentos decisivos da História e Etimologia, disciplinas-chave na formação de qualquer ser humano e hoje tão preteridas nos manuais do Ministério da Educação. Pois fica aqui a explicação possível, alicerçada nas mais recentes datações fornecidas pelo Carbono-14 (ou Radiocarbono): a "cueca original" surgiu no Norte da Índia há cerca de 5800-5600 anos, na actual região do Punjab, e teve como designação primária "bikine-para-honhem-100-por-cento-algodão-5,90". Muito haveria para esmiuçar, especular até, embora o espaço aqui seja exíguo para tão complexa matéria. Certo é que uma dúvida generalizada persiste entre arqueólogos, linguistas e historiadores: porque a sânscrita rúpya ainda
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II- Os Castelos
Segundo- Viriato
Se a alma que sente e faz conhece
Só porque lembra o que esqueceu,
Vivemos, raça, porque houvesse
Memória em nós do instinto teu.
Nação porque reencarnaste,
Povo porque ressuscitou
Ou tu, ou o de que eras a haste--
Assim se Portugal formou.
Teu ser é como aquela fria
Luz que precede a madrugada,
E é ja o ir a haver o dia
Na antemanhã, confuso nada.
Fernando Pessoa