À minha Grande Sereia

Quando tropecei, há instantes, na nova produção do La Feria, aqui no Teatro Politeama, pensei apenas numa pessoa: a minha querida filha Agnes. Bem me recordo como há uns quatro anos adorou lá ir ver o Tarzan (o não-Taborda) encenado pelo mesmo La Feria. Desta vez um mero cartaz bateu fundo nas minhas entranhas. A analogia perturbou-me, sobretudo ao ler e reler a sinopse: "A maravilhosa história da filha mais nova do Rei dos Mares que ansiava completar quinze anos para poder subir à superfície da água e observar o fascinante mundo dos seres humanos." As idades variam e eu não sou o Rei dos Mares, mas para bom entendedor um bom rabo de pescada basta.

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