Linha de montagem
Nunca na vida pediu uma baixa que fosse e, apesar da maledicência geral, era um bom colega. Camarada. Greves também não eram com ele. Jamais falhou um turno, nocturno ou diurno. Mais: era o primeiro a oferecer-se perante a fatalidade alheia, e como naqueles anos o vírus hondurenho ceifou meia Faberville. Escusado será dizer que, malgrado os seus 73 anos, continuava a ser o predilecto da administração (ou "steering committee", este rigor é importante para as bolsas, sei que me perdoarão). Certo, certo, é que em Detroit, e até mesmo em Wall Street, e não sem ensaiadas hosssanas, Benjamin já era apodado como o exemplaríssimo, raro, único, soberbo, magnânimo, irrepetível, "operário febril". Yes, tudo o resto era chularia, infelizmente. E nem têm vergonha, seus filhos da puta?
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