Circo Vicioso

Kaspar adorava-se. Sempre que gritava fazia ego. 

Não há muito a acrescentar senão "Crepúsculo em Haapsalu num dia frio e luminoso de Fevereiro". E se é bonito? É. E seu eu gosto? Muito. Recomendo, aliás. Encontramo-nos numa península aí ao virar da esquina.

Nem imaginam a desilusão, desilusão mesmo, que eu e a minha esposa tivemos ao constatar que, por causa do futebol em directo na Tallinna TV, um jogo local da treta num pavilhão mixuruca com relva artificial e meia dúzia de assistentes, não emitiram o 301.º episódio do "Vere Sidemed" (Laços de Sangue). Sim, mesmo que já conheçamos o final, neste aborrecido serão ficámos órfãos da maldade da Diana. Mudámos de canal e ainda apanhámos o Trump, mas não, não é a mesma coisa. Maldade por maldade, e valha-nos a Nossa Senhora do Carmo, ai que sacrilégio, mas a Joana Santos é muitíssimo melhor. E que Deus me perdoe este desabafo.

Mentira! Maneta não frequenta apenas loja de segunda mão!

Por qualquer motivo forte que me escapa, as palavras "Dentes" e "Dentista" estão em alta na Estónia. Eis o mais recente exemplo, aqui em Haapsalu. Uma coisa é certa: "Hambaarst" é uma palavra muito feia que pode assustar o mais fleumático dos pacientes...

Ficou mesmo Passado. Agnes deu-lhe um Futuro como Presente.

Nem nunca reparou na Virgem, mas era muito fofinha.

Girafa era elefante, pato foi pinguim, zebra fazia de cavalo. Gato passava por lebre, burro relinchava, borboleta tinha escamas. Peixe caminhava, crocodilo balia e tubarão cacarejava. Sabe-se lá porquê, só a orca se aproveitava.

Afinal nascera mesmo no Burkina Falso.

Apenas lhe perguntei de onde era. Arregalou os olhos e respondeu-me "Tashkent". Sobre o par de estalos que lhe dei, não me arrependo nem um bocadinho: taradão, e ainda por cima uzbeque.