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Serviço púbico
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São procedimentos e protocolos complexos, sabemos: nunca foi óbvio como colocar um rolo de papel higiénico no nosso lavabo. São, aliás, matérias bastante íntimas, privadíssimas, que merecem todo o respeito dos demais. Não obstante, e pela premência e universalidade do tema, com este nosso tutorial talvez parte significativa da Humanidade acorde e fique com a vida mais aliviada.
Citroën DS
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E o orgulho que papá tinha naquela viatura, que, em abono da verdade, já não passava de mais um chaço gaulês com matrícula legalizada. "Pode ser um chaço para vocês, mas salvou a vida ao General De Gaulle!", repetiu até ao fim enquanto a família, cúmplice e espectadora, se acotovelava. Bem me lembra que, antes de morrer vítima daquela doença chata que todos sabemos, ainda nos pediu para nunca o vendermos. Jamais! Que o nosso arrependimento seria eterno! Que choveriam ofertas pela berline de quatro portas , mas que deixássemos o boca-de-sapo verde água de tejadilho branco em paz e, assaz mais relevante, sempre estacionado junto ao portão da quinta. Toujours! Eu era a favorita de papá — e bem sei que nem Margot nem Jean-Michel alguma vez fizeram algum esforço para merecer singular predilecção —, mas apesar das justificações de maman ainda hoje me custa entendre, desculpem, entender, tamanha ciganofobia.
Vespa velutina
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Mal chega o final do Verão, início de Outubro no máximo, lá aparece ela aqui na rua só para me provocar. E eu já nem sei bem para onde olhar. Se para aquela cinturinha, se para aquela pele de pêssego aveludado, se para aqueles olhinhos bem rasgadinhos... Credo, isto anda picante! Claro que Alyssa não adora, mas isso ainda é o menos. Já me estou a marimbar: não é que agora passa o dia lá em casa a zumbir de roupão às listas e armada em rainha? Está bem abelha... Também porquê tanto fel?
Afonia
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Como era de meu timbre, passeava-me alegremente pela cidade quando, já pelo final da tarde, decidi testar um, dois, três, bom, demasiadas vezes, alguns trines. Nada. Zero. Onde estava a minha afamada voz de rouxinol? Onde? E o que diria o Nelo lá na casa de fados? E o França, que sempre me dera o lá certo com a sua guitarra? Esqueçam. Naquele mudo crepúsculo, só vitrines!
Choque com tinta
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Mamãe ainda admitira que tivesse ido caçar uns pequenos bivalves, caranguejos suculentos ou aqueles saborosos peixinhos verdes, os predilectos e por quem todos se lambiam lá no cardume. Mas não. Poderia ter acabado inclusive engaiolado num covo e isso sim, isso já era motivo de preocupação. Mas não. Tão-pouco foi comprar tabaco, vício cada vez mais raro num cefalópode saudável. Semanas depois, e porque foi forçado a engolir a verdade, não sem com um breve esguicho de tinta negra, mais negra e espessa do que lhe era habitual, teve de se mudar. Reinventar. Chocou um plano minucioso que até nem lhe correu assim tão mal: hoje tem um pequeno harém nas profundeza s cálidas do Mediterrâneo, diz-se que ali ao largo de Amalfi, da Costa Amalfitana para ser exacto, embora, garantem algumas publicações marinhas de referência, mormente no renomado Centro de Investigação Marinha de Arcachon, o tenham avistado amiúde entre Malta e Gozo, sobretudo quando decide ir fazer, e sempre com gozo redobrado