Via-se que o embaixador estava em necessidades. Era cada vez mais notório. Indisfarçável, apesar do protocolo. Deixando escorregar o croquete por entre os dedos, e antes de tombar, ainda sussurrou à esposa: "É em baixo a dor..."
Croquete tem algo de protocolo, de diplomacia. Todavia também tem o reverso da medalha: algo de intestinal, de baixo-ventre. Por esta e pela outra não como croquetes.
Obdulio Ortega disse…
Após a dor parida e a paralisia atestada pelo colo feito concreto, a morte foi anunciada, tendo a fita preta como item protocolar.
Não sei por que obscura razão gostei ainda mais agora deste mini-conto do que quando ele apareceu pela primeira vez. O que poderias fazer com embaixatriz? Pensa um pouco... Por um triz e o que é triz? Isto é mesmo viciante! Não vais pousar na Feira do Livro em carne, osso e alma? Se sim, guardava a minha compra iberiana para esse dia e esperava por um autógrafo e uma conversita entredentes e sorrisos, pois seria uma verdadeira implosão para mim semelhante encontro :)
Sónia, sónodia 8 de Maio, mas conto contigo na Feira do Livro ao fim da tarde. Ficarei muito feliz por te conhecer finalmente... Isto como boa maratona que é não dá para grandes conversas, só para nos irmos refrescando com uma isotónica e passando a esponja pela testa (e muito de vez em quando)...
Obrigada pela dica João! Vou fazer todos os possíveis para que tal aconteça a fim de ter o teu (que depois será meu) livro autografado :) Não te preocupes que não sou assim tão faladora nestas situações, pois fico muito envergonhada e sempre com receio de incomodar. Estou mais à vontade na escrita em que digo mil e um disparates.
Foi interessante (e interessante é uma palavra interessante). No dia em que saí à rua com suíças tive de passar por casa do Óscar para uma sueca com estas mesmas canadianas. Ou melhor: com as canadianas amparando-me a mim e às suíças. Felizmente que não são mutuamente exclusivas.
Em Portugal, a tosse tem donos — ou, pelo menos, assim gostam de pensar os rebuçados do Dr. Bayard e do Dr. Bentes. Tudo começou em 1939, quando Álvaro Justino Matias, vindo de Vale da Mula, Almeida, encontrou um refugiado francês em Lisboa que lhe confiou, não ouro, mas uma receita. Em 1949, Álvaro transformou a fórmula mágica nos rebuçados do Dr. Bayard, feitos em casa, com a família a desempenhar o papel de alquimistas amadores. Açúcar, glucose, mel e um toque misterioso de plantas medicinais: nasceu o “salvador do peito” e, com ele, o orgulho português na farmácia artesanal. O "Dr. Bentes" e respectiva "fórmula" , por sua vez, apareceram do nada em 1955, mas não na Nazaré (apesar de hoje pertencerem à minhota Drops Nazaré, que tem sede em Afife). Sem o mesmo charme de “encontros com refugiados”, mas eficaz, a marca estabeleceu-se como a alternativa pragmática ao glamour da tosse — como "o outro amigo do peito". Não bastasse o duelo nas prateleiras ...
Comentários
O que poderias fazer com embaixatriz? Pensa um pouco... Por um triz e o que é triz? Isto é mesmo viciante!
Não vais pousar na Feira do Livro em carne, osso e alma? Se sim, guardava a minha compra iberiana para esse dia e esperava por um autógrafo e uma conversita entredentes e sorrisos, pois seria uma verdadeira implosão para mim semelhante encontro :)
:-)
bjs e bom trabalho!