Decidi visitar Belém em 2006. Não a que confina com Algés, a outra, hoje absolutamente muralhada na Cisjordânia. Recordo-me de uma estranha densidade de pessoas, pior só talvez mesmo Macau, bandeiras da cooperação norueguesa, demasiadas fotos de mártires de kalash em riste. Em rigor, visitar a gruta onde Jesus Cristo alegadamente terá nascido foi razoavelmente deprimente e sem direito nem ao burro nem à vaquinha com os seus bafos aconchegantes. Por Belém ficámos umas horas, sempre altamente vigiados pelo IDF, adoro o eufemismo, que a partir das suas altas torres tudo observavam. A quantidade de crianças foi o que mais me marcou. A experiência foi bem intensa mas ficou arrumada durante quase duas décadas numa pequena gavetinha — é óbvio que o deboche e cosmopolitismo fino das noites de Telavive se sobrepõe sempre quando de um hedonista encartado, o mesmo que vos escreve estas linhas, falamos. Não sou religioso, embora tenha um certo culto — quiçá semi-fantasioso, seguramente míst...
Comentários
Muito legal!
Ler microcontos é muito bom. Desenvolve o raciocínio e exercita os neurônios. Muitos fazem. Poucos são bons.
Sobre visitantes brasileiros ontem teve um que estava no Rio Mamoré, divisa do Brasil com a Bolívia. Na altura da cidade boliviana de Guayaramerín. Deve ser militar de patrulhamento da fronteira.
É fantástico..tão longe e tão perto.
Abraços pra eles.
O Jonas é uma delas...
Estão por todo o lado!...
Pardal ... lembra pardalitas..isso me dá um trauma terrível.
Eu amo o nome João. Ainda vou ter um filho chamado João Filipe. Está decidido..