Decidi visitar Belém em 2006. Não a que confina com Algés, a outra, hoje absolutamente muralhada na Cisjordânia. Recordo-me de uma estranha densidade de pessoas, pior só talvez mesmo Macau, bandeiras da cooperação norueguesa, demasiadas fotos de mártires de kalash em riste. Em rigor, visitar a gruta onde Jesus Cristo alegadamente terá nascido foi razoavelmente deprimente e sem direito nem ao burro nem à vaquinha com os seus bafos aconchegantes. Por Belém ficámos umas horas, sempre altamente vigiados pelo IDF, adoro o eufemismo, que a partir das suas altas torres tudo observavam. A quantidade de crianças foi o que mais me marcou. A experiência foi bem intensa mas ficou arrumada durante quase duas décadas numa pequena gavetinha — é óbvio que o deboche e cosmopolitismo fino das noites de Telavive se sobrepõe sempre quando de um hedonista encartado, o mesmo que vos escreve estas linhas, falamos. Não sou religioso, embora tenha um certo culto — quiçá semi-fantasioso, seguramente míst...
Comentários
Navegar, é o mais fantástico desafio do Homem. Desafio de ética e de estética, de ousadia e de medo, de imaginação e de constrangimentos.
Fitar o horizonte navegando, supera a conquista da montanha ou a desbravante emoção do avanço na floresta.
Não é por acaso que o conceito e o termo oriundo dos navegadores , ganhou,como nenhum outro,múltiplos "transferes" na sociedade actual. Hoje, navega-se no espaço em aeronaves,navega-se no "éter" com pequenos instrumentos de bolso.
NAVEGAR É PRECISO...
(Tenho de referir que a minha formação como homem, deve muito a 20 anos (diários)no mar,com as mãos algumas vezes em sangue, mas, sempre, sempre, repletas de calos).
navegando. Reclamamos, porém,a descoberta da navegação. Agarrados ou sentados num simples tronco de árvore, deslizamos flutuando pelos rios. Não temos espaço para sonhar nem para enxergar o horizonte. Sobrevivemos, apenas. Mas temos espaço para admitir que este foi o princípio de todas as coisas fantásticas que a navegação moderna oferece aos homens de hoje.
Dava jeito que as ondas não fossem tão violentas como por vezes são.
Mas é inegável que ela tem o poder de traduzir muito do espírito lusitano.
Neste exacto local,numa anseada mesmo ali "aos pés" do Mónaco, ocorreu , curiosamente, em Junho de 1538 o desembarque conjunto de Carlos V e do Papa Paulo III para assinarem a trégua de Nice com François 1º Rei de França.
A mesma anseada, abrigou ainda, os porta-aviões americanos das forças aliadas,na preparação as suas ofensivas na 2ª Guerra Mundial
"NAVIGARE NECESSE EST, VIVERE NON NECESSE..."