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A mostrar mensagens de maio, 2022

Quantos-queres

Hélder tentava sempre o seu melhor. Suava as estopinhas. E fosse por criação, recriação ou até mesmo procriação.

Maratona

Correu bem. Muito bem até.

Subtracção de menores, ameaças de morte, mentiras e "tutti quanti": a reposição da verdade no programa Júlia, na SIC (clicar no texto para visionar entrevista na íntegra)

Um momento importante na reposição da verdade sobre a subtracção de menores ocorrida a 9 de Agosto de 2020, quando a mãe dos meus filhos, e então minha esposa, me disse que ia com eles visitar o Oceanário de Lisboa e fugiu com a Carmen, o Jonas e a Agnes para a Estónia, provocando uma situação traumática para todos. Estou muito feliz por ter aceitado o convite do programa  Júlia , na SIC, onde numa entrevista de quase 50 minutos explico ao detalhe, e com provas documentais, todos os detalhes desta tragédia familiar. Só assim, e mesmo sabendo que muitas outras batalhas terei ainda pela frente, acredito poder derrotar a grande mentira inventada pela sequestradora e a alienação parental em curso na Estónia. Objectivo número um: a felicidade dos meus três queridos filhos, que têm sido sistematicamente privados de um pai que os ama e por eles faz tudo. Desde já, um enorme obrigado a quem me tem apoiado e compreendido esta complexa saga de contornos internacionais que leva já quase dois anos

Amor quântico

Recordo-me que Rosalina era malandreca e do famigerado processo (entretanto arquivado) de que foi alvo aqui na Faculdade. Lá no Departamento era conhecida pelo seu fascínio por físicos, embora nunca nada tenha consumado. Natural: também não era precisa muita ciência para perceber que, com as favolas desalinhadas e aquela fuça assanhada, lhes faltava quase sempre a química.

A justiça e-poética

 Há mails que vêm por bem.

Já nem o Pimba é Pimba

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Papa habemus in Benfica

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Curiosamente, na noite passada tropecei num vizinho uns anos mais novo do que eu, menos de uma década. Em rigor, nasceu a 18 de Maio de 1979. Falámos de muita coisa, do bairro, dos melhores poisos para um belo pôr-do-sol, das happy hours da zona, de Tallinn, d' O Principezinho e do seu autor aviador postal, Antoine de Saint-Exupéry. Quando lhe pergunto o nome, responde-me: "João Paulo Segundo". Conferi ser verdade após visualizar o seu cartão de cidadão, foi, era, afinal, o primeiro João Paulo Segundo que conheci pessoalmente na vida. Mais: o primeiro João Paulo Segundo que conheci na vida e cuja data de aniversário é igual à de "Jan Pawel Drugi" — 18 de Maio, precisamente. Falei-lhe na beatificação desse Papa, polémico mas considerado por muitos, quiçá por estar associado à derrota do Comunismo e à queda da Cortina de Ferro (outros também não se esqueceram das suas posições ultraconservadoras). Recordei-me de ter ido à Polónia, após encomenda do Henrique Boteq

Vamos ao Algarve? Sim!

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Sem querer, e por acaso, viajei no tempo, nos sabores e na magia do meu Sul querido. Vamos ao Algarve, espaço que é também nome de restaurante, é como se estivesse em casa dos meus bisavós e da tia Margarida lá em Vila Real de Santo António. Só que em Alfama. E à beira-Tejo. E do Metropolitano de Lisboa. E com preços razoáveis. Mas sem a nora nem o camaleão. De outra maneira: parabéns aos criadores, o Alberto (na foto), natural de Olhão, e o Miguel. A minha salada estava deliciosa (chèvre) e o vinho da casa notava-se que era do barrocal louletano, único. Foi com gratidão e muitas saudades, talvez demasiadas, com que me despedi daquele espaço. Teria ficado semanas. Já cancelei até a minha semana em Marrocos, esse nosso "Algarve d'Além Mar". Uma sugestão? Promover mais o figo, o medronho e a alfarroba. Lugar imperdível para quem gosta do Sul, do nosso rico Sul.

Toda a verdade

Um dia, um velhinho me falou: "Em que está a pensar ocê, 'Seu' João?" E eu ripostei, né?: "Alfa, Bravo, Charlie, Delta, Echo, Foxtrot, Golf, Hotel, India, Juliett, Kilo, Lima, Mike, November, Oscar, Papa, Quebec, Romeo, Sierra, Tango, Uniform, Victor, Whiskey, X-ray, Yankee, Zulu." Chega? Chegou:  Roger that .

Naufrágio

— Melissa, venha! Venha por favor! — Cruzes, mas isso é um SOS? — É. É, sim. Vamos ficar sós, Melissa? — Seu filho da puta. Arranje outra... — MY LADY, MY LADY... — Rogério? Rogério? Rogéeeeeeeerio? Roooo... Ohhhhhhh...

Circo viscoso

Ele lá comia um conjunto de seis copos duralex (por vezes de cálice) enquanto ela tentava abanar a banha em torno do umbigo. Bem-vindos ao mágico mundo de Faqir e Shaqira.

"Queria e já não quer?"

E bem que Roberto insistiu que não era "à". Era "há" e vinha do verbo "haver". Até porque assim, e sem fantochadas, teria muitíssimo mais tempo para Jeanette (nem que fosse por causa do temporal).

Estação terminal

Nunca Samuel, e menos ainda Nataniel, perderam uma oportunidade que fosse, porventura a razão que os levou àquele tão badalado processo (e despedimento sumário, infelizmente, malgrado o lóbi do sindicato e de toda a comunidade evangélica de Odivelas): "Última paragem. Senhores passageiros, façam todos o favor de sair. Em nome da Carris, desejo-vos uma boa ascensão ao Reino dos Céus."

Lady Gagarina

Cantava mal e pior era no burlesco, embora jamais tenha apagado o dia em que conheceu Konstantin. Em Baykonur, precisamente, e onde é que havia de ser? Só queria fazer ali par com ele, um dueto artístico digamos, e irem dali os dois já amarradinhos pelos ares. Com Konstantin, o Céu seria sempre o limite, qualquer que ele fosse. Na vida ou na morte. Enchera o saco com todos aqueles brutos tacanhos Terra-a-Terra que, noite após noite, nem a pepeca lhe souberam protocolarmente degustar. Haja mínimos, caramba. 

Baykonur

Somente após a sua segunda missão especial espacial a Vénus, Konstantin conseguiu engravidar Tatyana. O doutor Gennadiy Aygi, obstetra encartado e com sobeja tarimba, teve, uma vez mais, a oportunidade de reafirmar o seu olho clínico em toda a estepe da Ásia Central (e mesmo em Moscovo e Almaty): " Konstantin , a sua fama vem de longe, mas que bom ter-se finalmente esquecido da camisa lá pelo Cosmos..." O sorriso foi cúmplice, o "pelo Cosmos" teve piada, e naquele consultório só mesmo Tatyana ficou a ver navios. Naves. Ela era mais Astrologia e só queria mesmo ser mãe daquele pequenito Gagarin. 

Lisboa tropical

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Não é só Marques ser o patronímico de Marco. De Marco de Canaveses, por exemplo. Ou que a família real, depois de ter escapado, e bem, para o Rio de Janeiro, decidiu retornar a Portugal década e meia depois. Este altivo capachinho de frutas Miranda-Carmen dedico-o à minha querida filha Carmen. Obrigado, pintainho tutti-frutti. A saudade aperta, filha.

Reflexos rápidos

Narciso preferia-os assim. Aos verbos. Do tipo: via-se e vinha-se.

Bombay Sapphire

Kaur lá encolheu os ombros, o habitual, mas talvez porque fosse a única que já soubesse a história de trás para a frente (ou da frente para trás). Todos os demais afinámos, mas é que afinámos mesmo, quando o Sr. Singh nos confessou que, pelo menos desde a sua mudança de voz, e sabe-se que no Punjab ainda hoje brincam com o facto de terem bigode muito cedo, nunca mais na vida havia cantando  publicamente  num karaoke .

Style ao Rossio

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O Valverde tem o look do ano. Ganda onda, o mullet e o bigodinho que eu nunca terei, muito menos em simultâneo. Bravo. Inveja mesmo.

Trabalhar para o boneco

Antes do seu lento e doloroso derretimento, já lá vai bem mais de um ano, e o que nos custou vê-lo transformar-se naquela pocinha de água nojenta, prometeu voltar revigorado e com os seus simétricos cristais ainda mais cintilantes. Todos acreditámos, claro. Ou havia razões para desconfiar? Só que já chegámos a finais de Janeiro e continuo com uma cartola preta e uma cenoura alaranjada e pontiaguda na mão. Vá, não me digam agora que é tudo culpa do aquecimento global e do metano expelido pelos puns das vacas holandesas. Agora a sério, o que vou dizer às miúdas? Acho é que vou mas é lá abaixo à cave guardar o trenó de Neus e Dolors.

Ou o meu enorme orgulho em ter uma filha chamada Carmen (dedicado ao Dadá)

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Otto

Ainda chegou a ser considerado um dos maiores goleadores da  Zweite Bundesliga , com o pequeno senão de quase sempre se enganar na baliza.

Cripto-verme

Dizia Jules que Elon Musk é o homem mais rico do mundo à custa da mentira científica que vai impingindo a meio-mundo. O outro meio, onde se posicionava o nosso amigo, achava que não passava de outro desses charlatões futuristas que adoram vender a Lua aos mais incautos. Enfim, um autêntico Verne.

Epílogo

"Raul, ainda não percebi... Eu 'tou na Ásia?", ainda murmurou Adélia antes de lhe desligarem a máquina.

Restaurante Michelin

Servido talvez com legumes a mais, mas, ao olhar para o aspecto daquele prato na mesa ao lado, só lhe apeteceu robalo. Felizmente, conteve-se e não mordeu o isco. Nem precisava de se armar em carapau de corrida: o Dr. Solomon vivia por esses dias a época mais dourada da sua vida. Bruxo, aquele linguado em Sabrina, e independentemente do bafo a erva, pouco ou nada aromático, teve um gostinho ainda mais especial.