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Mochila francesa

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Au délicat parfum d'ail bergonien.

Género fluído

  O coitado dizia-se Diabo. Não passava de um quiabo, Quiabo, vá lá.

Emojional

Anabela chora baba e ranho sempre que lhe mandam aquele boneco.

Néondertal

Tem um tronco largo e umas narinas lindas, embora anteontem me tenha parecido um nadinha arroxeado.

Duna vez por todas

 Foi mesmo ali.

Duna sim, duna não

Perguntava-me Frida a razão de todos os profetas terem vindo do deserto. Mas não foi preciso nenhum arcanjo especial para eu lhe revelar que religião é a miragem que resulta da mais radical polidipsia.

Parem mas é as rotativas

  Cá na redacção, o Sepúlveda é o único que ainda escreve à mão. Os outros é mais com os pés.

Húmus

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  Decidi visitar Belém em 2006. Não a que confina com Algés, a outra, hoje absolutamente muralhada na Cisjordânia. Recordo-me de uma estranha densidade de pessoas, pior só talvez mesmo Macau, bandeiras da cooperação norueguesa, demasiadas fotos de mártires de kalash em riste. Em rigor, visitar a gruta onde Jesus Cristo alegadamente terá nascido foi razoavelmente deprimente e sem direito nem ao burro nem à vaquinha com os seus bafos aconchegantes. Por Belém ficámos umas horas, sempre altamente vigiados pelo IDF, adoro o eufemismo, que a partir das suas altas torres tudo observavam. A quantidade de crianças foi o que mais me marcou. A experiência foi bem intensa mas ficou arrumada durante quase duas décadas numa pequena gavetinha — é óbvio que o deboche e cosmopolitismo fino das noites de Telavive se sobrepõe sempre quando de um hedonista encartado, o mesmo que vos escreve estas linhas, falamos. Não sou religioso, embora tenha um certo culto — quiçá semi-fantasioso, seguramente místico

Els benfiquistes no són espanyols

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"Benfica, més que un club?" Não: "Benfica, mais do que um bairro." Ou, como diria o ex-consorte de Shakira, "Benfica, més que un barri".

Guerra híbrida

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Já sabia — creio que todos já sabíamos — que, mais cedo ou mais tarde, a guerra híbrida chegaria a esta página. A devastação provocada por esta arma táctica é bem conhecida, mas sob forma de anúncio no meu provecto blogue é matéria sobre a qual eu e alguns dos meus conselheiros mais próximos nos teremos de debruçar urgentemente nas próximas horas.

Incenso "premium"

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Não é que este blogue precise, mas a vida anda complicada para todos.

An Estonian delivery robot kicked in the ass

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Bot things that can happen in our post-post-modernity.  

Pavões que não são Martins

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Duas tristes bestas pavoneando-se numa colina de Lisboa Muitos já me questionaram quem é aqui o pavão e, para os que mais profundamente me conhecem, indivíduos anormalmente possuídos de uma tremenda sensibilidade e bondade pelo Outro, bem sabem que eu também não sei quem é aqui o pavão. Provavelmente, dois pavões surgem na foto anexa, o que é pena, pois tamanho exercício etológico retira protagonismo um ao outro. Um desperdício, até porque defender as portas do Castelo de São Jorge, esse lugar mítico, tem um nome: Martim Moniz, esse ímpar e wikipédico mártir cristão: " Ao perceber o entreabrir de uma porta no Castelo dos Mouros,  atacou-a individualmente, sacrificando a vida ao atravessar o seu próprio corpo no vão da mesma, como forma de impedir o seu fecho pelos defensores.  Esse gesto heróico permitiu ganhar o tempo necessário à chegada dos seus companheiros, que assim conseguiram penetrar o castelo."

DST

 Vá, não esquenta.

Cá em baixo

Nem me importo muito de ter vindo aqui parar. Lá em cima, a minha vida já estava mesmo um inferno. Só não adoro ter os pés acorrentados e que insistam em espetar-nos forquilhas no cu. A ventilação também poderia ser melhor, mas isso o senhor Diabo já nos garantiu que vai resolver para a semana.