De todo modo, bilionário e frequentador do Ritz, ele terminará a sua vida ritualmente, como alguns, e com o corpo reteso, como todos. E daiquiris continuaram a vir um após o outro.
João, o nome Ritz remete à sofisticação e glamour, o que tem tudo a ver com Paris e, mais do que isso, localiza-se mais em minha imaginação. Aqui, em São Paulo, Ritz é nome de lanchonete sofisticada "gay friendly", a qual eu não vou, não porque não tenha simpatia pela causa, mas porque sou frugal em meus gastos, que alguns confundem exageradamente com sovinice.
Manuela disse…
Aqui na cidade tem um Ritz. Mas acho que é falso..
Foi interessante (e interessante é uma palavra interessante). No dia em que saí à rua com suíças tive de passar por casa do Óscar para uma sueca com estas mesmas canadianas. Ou melhor: com as canadianas amparando-me a mim e às suíças. Felizmente que não são mutuamente exclusivas.
Decidi visitar Belém em 2006. Não a que confina com Algés, a outra, hoje absolutamente muralhada na Cisjordânia. Recordo-me de uma estranha densidade de pessoas, pior só talvez mesmo Macau, bandeiras da cooperação norueguesa, demasiadas fotos de mártires de kalash em riste. Em rigor, visitar a gruta onde Jesus Cristo alegadamente terá nascido foi razoavelmente deprimente e sem direito nem ao burro nem à vaquinha com os seus bafos aconchegantes. Por Belém ficámos umas horas, sempre altamente vigiados pelo IDF, adoro o eufemismo, que a partir das suas altas torres tudo observavam. A quantidade de crianças foi o que mais me marcou. A experiência foi bem intensa mas ficou arrumada durante quase duas décadas numa pequena gavetinha — é óbvio que o deboche e cosmopolitismo fino das noites de Telavive se sobrepõe sempre quando de um hedonista encartado, o mesmo que vos escreve estas linhas, falamos. Não sou religioso, embora tenha um certo culto — quiçá semi-fantasioso, seguramente místico
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