Decidi visitar Belém em 2006. Não a que confina com Algés, a outra, hoje absolutamente muralhada na Cisjordânia. Recordo-me de uma estranha densidade de pessoas, pior só talvez mesmo Macau, bandeiras da cooperação norueguesa, demasiadas fotos de mártires de kalash em riste. Em rigor, visitar a gruta onde Jesus Cristo alegadamente terá nascido foi razoavelmente deprimente e sem direito nem ao burro nem à vaquinha com os seus bafos aconchegantes. Por Belém ficámos umas horas, sempre altamente vigiados pelo IDF, adoro o eufemismo, que a partir das suas altas torres tudo observavam. A quantidade de crianças foi o que mais me marcou. A experiência foi bem intensa mas ficou arrumada durante quase duas décadas numa pequena gavetinha — é óbvio que o deboche e cosmopolitismo fino das noites de Telavive se sobrepõe sempre quando de um hedonista encartado, o mesmo que vos escreve estas linhas, falamos. Não sou religioso, embora tenha um certo culto — quiçá semi-fantasioso, seguramente míst...
Comentários
Gustaríame saber se é posíbel atopar o seu libro "Minu ilus eksiil Eestis" en portugués (ou inglés, ás malas) nalgún lugar ou libraría, de Estónia ou do mundo.
Vin que pronto vai ser a estrea dunha, cecais, segunda parte! Tenho moita curiosidade polas súas letras, mais non entendo (aínda) o estoniano. Mágoa!
Grazas, e saúdos dun galego, tamén exiliado.
Sobre a tua pergunta: infelizmente, estes livros só têm saído em estónio. Os originais são em inglês e ainda não estão publicados. Talvez dentro de um ano façamos uma antologia. De vez em quando publico alguns no blogue, mas para já é tudo.
De todas as formas, aparece no Hell Hunt para a semana! Ficamos a conhecer-nos melhor.
Já agora, em Abril vou lançar a Portugal um livro sobre... Portugal e Espanha. Chama-se "Iberiana".
Um abraço,
João
En calquer caso, grazas polas informacións! É unha grande mágoa non poder disfrutar do libro en formato físico, mais bon, seguirei atento ao blogue.
Segundo entendo, a presentación é o xoves (quinta) ás 18 i eu a esa hora traballo (en realidade, traballo até as nove e media da noite e de seguro xa rematou todo pra entón).
Se callar, verémonos nalgunha outra ocasión.
Unha aperta!
:-)
Um abraço!
João