Em Portugal, a tosse tem donos — ou, pelo menos, assim gostam de pensar os rebuçados do Dr. Bayard e do Dr. Bentes. Tudo começou em 1939, quando Álvaro Justino Matias, vindo de Vale da Mula, Almeida, encontrou um refugiado francês em Lisboa que lhe confiou, não ouro, mas uma receita. Em 1949, Álvaro transformou a fórmula mágica nos rebuçados do Dr. Bayard, feitos em casa, com a família a desempenhar o papel de alquimistas amadores. Açúcar, glucose, mel e um toque misterioso de plantas medicinais: nasceu o “salvador do peito” e, com ele, o orgulho português na farmácia artesanal. O "Dr. Bentes" e respectiva "fórmula" , por sua vez, apareceram do nada em 1955, mas não na Nazaré (apesar de hoje pertencerem à minhota Drops Nazaré, que tem sede em Afife). Sem o mesmo charme de “encontros com refugiados”, mas eficaz, a marca estabeleceu-se como a alternativa pragmática ao glamour da tosse — como "o outro amigo do peito". Não bastasse o duelo nas prateleiras ...
Comentários
Gustaríame saber se é posíbel atopar o seu libro "Minu ilus eksiil Eestis" en portugués (ou inglés, ás malas) nalgún lugar ou libraría, de Estónia ou do mundo.
Vin que pronto vai ser a estrea dunha, cecais, segunda parte! Tenho moita curiosidade polas súas letras, mais non entendo (aínda) o estoniano. Mágoa!
Grazas, e saúdos dun galego, tamén exiliado.
Sobre a tua pergunta: infelizmente, estes livros só têm saído em estónio. Os originais são em inglês e ainda não estão publicados. Talvez dentro de um ano façamos uma antologia. De vez em quando publico alguns no blogue, mas para já é tudo.
De todas as formas, aparece no Hell Hunt para a semana! Ficamos a conhecer-nos melhor.
Já agora, em Abril vou lançar a Portugal um livro sobre... Portugal e Espanha. Chama-se "Iberiana".
Um abraço,
João
En calquer caso, grazas polas informacións! É unha grande mágoa non poder disfrutar do libro en formato físico, mais bon, seguirei atento ao blogue.
Segundo entendo, a presentación é o xoves (quinta) ás 18 i eu a esa hora traballo (en realidade, traballo até as nove e media da noite e de seguro xa rematou todo pra entón).
Se callar, verémonos nalgunha outra ocasión.
Unha aperta!
:-)
Um abraço!
João