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Problemático solstício

O maior mistério natalício, elevado à categoria de enigma, digo eu, e é como quem diz, é se estamos a celebrar o aniversário de alguém que está sempre no meio de nós (hei, és tu que andas aí?) ou se de um outro alguém precocemente assassinado em ponto de cruz (pobre alminha). 

Cálculo renal

O último rim é quem rim melhor.

Auto-estima

Começou por um risco na porta traseira (do lado direito). Ínfimo, aliás. No dia seguinte viram-no a arrancar a porta do porta-luvas. Houve ainda quem comentasse os pontapés furiosos que desferiu no pára-choques. E, claro, já para não falar dos rancorosos golpes de navalha no tablier do Citröen. Sim, Marie-Claire tinha razões de sobra para estar preocupada com a auto-estima de Jean-Claude.

Mas se o Mario vivesse cá....

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Com toda a propriedade, alguma, vá lá, a Evian, nome de dispendiosa água gaulesa, sita na Avenida do Uruguai, autoproclama-se a pastelaria-cafetaria detentora do melhor jesuíta de Lisboa. De Lisboa, sublinhe-se. Não será absolutamente errado, sobretudo porque o Jorge Mario habita hoje no Vaticano e ainda por cima é argentino. Boa propaganda, ao nível de um bom jogo da Santa Casa. E eu que ainda sou do tempo dos argentinos, ou chinelos, ou tranças, ou orelhas... A lusodoçaria já viveu outros tempo, é verdade.  

Pôr-do-Sol

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  "Boa noite, classe operária!"

Deutsche Technologie Manufakturen GmbH

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"Mas um Astra nunca se avaria..."  

Sport Fátima e Benfica

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Para todos os descrentes como eu, que, malgré tout, levam a Nossa Senhora na desportiva.

Doçaria criativa

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  As escolas de pasteleiros estão de parabéns. Se há sector técnico-profissional em Portugal que tem evoluído nas últimas décadas é, sem qualquer dúvida, o da pastelaria. Um bolo pode ser uma peça de arte, um objecto sofisticado, de cobiça e, em simultâneo, semioticamente adorável. Pena tenho eu de só haver tropeçado neste Monstro das Bolachas da Avenida do Uruguai a semana passada. Foi o bolo que não tive na minha celebrada festa de meio centenário. Talvez para o ano. Enfim, fica o sentimento de orfandade, mas eu também nunca fui menino, Guiomar.

Linha de montagem

Nunca na vida pediu uma baixa que fosse e, apesar da maledicência geral, era um bom colega. Camarada. Greves também não eram com ele. Jamais falhou um turno, nocturno ou diurno. Mais: era o primeiro a oferecer-se perante a fatalidade alheia, e como naqueles anos o vírus hondurenho ceifou meia Faberville. Escusado será dizer que, malgrado os seus 73 anos, continuava a ser o predilecto da administração (ou "steering committee", este rigor é importante para as bolsas, sei que me perdoarão). Certo, certo, é que em Detroit, e até mesmo em Wall Street, e não sem ensaiadas hosssanas, Benjamin já era apodado como o exemplaríssimo, raro, único, soberbo, magnânimo, irrepetível, "operário febril". Yes, tudo o resto era chularia, infelizmente. E nem têm vergonha, seus filhos da puta?

Alcólitos Anónimos

De quando em vez, mas sempre que o cura se debruçava na hóstia, ensaiavam um trago sem estrago. E foi assim que durante décadas, e meu deus a cumplicidade daqueles dois diabretes, foram sugando até ao tutano o generoso sistema circulatório de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Humor de caverna

Lá na gruta nem todos achavam os gémeos assim tão parecidos, mas na minha modesta opinião (e a memória já me vai traindo), eram mesmo neandertal e qual.

Cro-Mignon

Cansei-me dos outros. Este era muito mais fino nas maneiras.

Poltrão

Entre acatar e atacar, dependurou-se num atracador.

Da impaciente Lorena

Afinal, Metz ou não Metz?

"Clínica da Dor"? Vai tu!

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