O luxo de ser lisboeta, mesmo que de São Domingos de Benfica ( née ao Campo Grande, essa ex-freguesia), é poder ser turista doméstico quando quisermos. E logo numa das cidades que é — e hoje disso já poucos terão dúvidas — uma das mais belas e carismáticas do Mundo. E, claro, dentro desta capital, e de todas as suas tantas encostas, curiosamente também considerada uma das cidades há mais tempo habitada na Europa, ou no Ocidente, a nossa Olissipo, é um luxo redescobrir os recantos onde já estivemos há 40, 30, 15 anos, e com os quais, de forma distorcida, quase sempre para melhor, tanto sonhámos na nossa irreflectida distância — mormente na minha década e meia de diáspora. Fica aqui, pois, um desses cantinhos que desde tenra idade nunca sumiu da minha fantasia. Está nítido e vívido na foto, parece-me. É, tem sido, um certo ângulo do que pode ser a felicidade, um conceito local dela. Ou, melhor escrevendo, do que uma certa imagem mental da era pré-digital poderá sempre aportar para a fel